Poesia do Verbo

Sem certeza
sem presteza
combinando
atuando
confortando
amando
procurando
encontrar
falar
agir
gritar
expressar
beijando
gesticulando
conversando
entendendo
desacreditando
vivendo
correndo
parando...
morrendo.

Não sei

Texto retirado do fundo do baú (olhe a data embaixo)
Eu já não sei mais o que toco
E nem porque faço as coisas
Não sei a quê me dedicar
Nem essa história de me perguntar
E será que hoje ele vai ligar?
E será que eu vou de novo degringolar?
 
E isso acaba me estourando a preta
Porque no fundo, eu não ligo a mínima...
Eu quero mais é que a bomba estoure
E que ele venha e que venha a fundo
E quero aquelas duas almas gêmeas
Quero nós dois como num mesmo plasma
 
Eu quero vida de correria e agitação

Mas quero um tempo também

Tempo de simbolizar meus pensamentos
Através das carícias e toques de bocas e mãos
E as caras suadas e os olhos cerrados
E os olhos espiando e as bocas mudas
Falando com as línguas presas
 
E, ah... que droga que ele não liga
Porque ele não sabe de tudo o que quero
Porque ele não veio e eu ainda estou de cara
E ele não liga porque eu escuto
E os impulsos são caros depois que
a gente conhece as consequências
E nenhum de nós toma a iniciativa
 
E nós dois sabemos que o outro quer.
26-11-85

Enquanto espero

Enquanto espero vou fazendo de tudo um pouco, escrevendo em quatro blogs, agora, cada um com uma personalidade, a do dia, a do momento, conforme a ocasião procuro o blog certo, mas não importa, porque todos vêm de mim e assim eu vou seguindo, escrevendo porque é maravilhoso, lendo porque sou compulsiva, e sempre, sempre, sonhando.
O que estou esperando? Tudo. E mais que tudo, tudo o mais.